É difícil definir o Instituto Inhotim. Quem chamar o local de museu não fará justiça ao imenso jardim botânico e acervo que ele abriga. Quem o descrever como parque poderá afastar o turista interessado nas mais de 600 obras de arte que compõem seu acervo.
Inhotim é um lugar em contínua transformação, onde a arte convive em relação única com a natureza. Situado em Brumadinho, a 65 km de Belo Horizonte (MG), Inhotim ocupa uma área de 96 ha de jardins botânicos com uma extensa coleção de espécies tropicais raras e um acervo artístico de relevância internacional.
Foi idealizado pelo empresário da área da siderurgia Bernardo Paz em meados da década de 1980. No século XIX, a região pertencera a um fazendeiro inglês, o senhor Timothy. Em bom “mineirês”, “senhor Tim” foi derivando para “Nhô Tim”, até que a fazenda ficou conhecida como “Inhotim”. Paz decidiu manter o nome. Em 1985, o empresário recebeu a visita do amigo paisagista Roberto Burle Marx, que apresentou algumas sugestões para os jardins. Desde então, o parque ganhou a maior coleção particular de palmeiras do mundo e um grande espaço destinado a receber obras de arte contemporânea. “Fui criando o acervo e trabalhando os jardins de minha casa”, diz Paz. “Percebi que tudo transcendia a posse individual e ganhava valor como algo que deveria se tornar patrimônio público.” O Instituto abriu as portas em 2006. Após cinco anos, é considerado um dos melhores museus do Brasil.
Não é preciso entender de arte para apreciar Inhotim. A palavra de ordem é interação. Nas visitas panorâmicas, grupos de até 25 visitantes são guiados por três monitores, dois especializados em botânica e um em arte. O acervo está em constante transformação e é interativo de acordo com os interesses dos visitantes. Em setembro, foram inaugurados trabalhos permanentes de Hélio Oiticica, Neville D’Almeida, Miguel Rio Branco, Dominique Gonzalez-Foerster e Rirkrit Tiravanija, além de mostras temporárias de outros nove artistas.
Para chegar às primeiras galerias, passamos por um dos cinco lagos que compõem o cenário. Tudo é limpo, os jardins são bem cuidados, há lixeiras por toda parte, e os funcionários são extremamente atenciosos.
Serviço
Horário de funcionamento: Quarta a sexta das 9h30 às 16h30 / Sábado, domingo e feriados das 9h30 às 17h30.
Ingresso: R$ 16. O instituto aceita cartões de créditos e é possível fazer compras online através do site [http://www.inhotim.org.br]
Acessibilidade
Pessoas com dificuldade de locomoção podem usar o serviço gratuitamente (com direito a um acompanhante). Os demais precisam comprar o serviço à parte; custa R$ 10 e você ganha a pulseirinha que libera o uso das jardineiras que leva você às obras mais distantes.
Como chegar
Inhotim fica nos arredores de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte. Via Nova Lima (trevo do BH Shopping), pela BR 040.
Algumas empresas de turismo organizam um passeio de carro com no mínimo cinco passageiros confirmados. O preço da aventura é de R$ 60 reais.
No fim de semana, o ônibus da Saritur sai da Rodoviária de Belo Horizonte às 9h (chegando às 10h30) e volta às 16h (chegando às 17h30). Recomenda-se comprar a passagem com antecedência. Mais informações 31/3419-1800).
Inhotim na WEB
Visite a página de “como chegar” no site do Inhotim (http://www.inhotim.org.br) — Você encontra mapas para download.
Minha dica
O melhor jeito de visitar Inhotim é ir durante a semana, pernoitando numa pousada da região. Assim você percorre o espaço com calma e menos público. A melhor pousada da região parece ser a Estalagem do Mirante.De lá você pode ainda passar um dia em Ouro Preto ou ir direto para Belo Horizonte curtir os prazeres da capital.
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