Foi uma manhã tão bonita. Como uma qualquer daquele outono de 2001. A maioria de nós pode se lembrar dos detalhes como se fosse ontem: do dia 11 de setembro de 2001 que ficará na história, não apenas como o do maior atentado terrorista a uma nação, mas como disseram alguns historiadores, como o do início do século XXI. Os estilhaços do World Trade Center feriram não só o coração e o orgulho americanos, mas atingiram os negócios no mundo.
Há dez anos, o que assistimos no início da manhã de um 11 de setembro mais parecia cena dos filmes de catástrofe feitos em Hollywood. A “ficha” demorou a cair entre todos que assistimos aquilo sem reação. Mas era real. O ataque mais perfeito que nem mesmo o cinema dos EUA poderiam reproduzir. Um avião, depois outro... e pronto. Ninguém conseguia imaginar que aquilo fosse verdade. Naqueles primeiros momentos ninguém sabia de nada. Ninguém sabia de atentado e muito menos que um vôo tinha caído no Pentágono e um quarto tinha sido derrubado pelos passageiros.
Não demoraram e as duas torres do World Trade Center caíram numa detonação mais-que-perfeita. O golpe de “mestre” dos seguidores de Osama Bin Laden superou toda e qualquer expectativa. Até para quem estava à frente do atentado, como se comenta agora. Passado o pavor, o mundo se viu diante da imagem dita necessária do combate (vingança é um termo mais adequado).
E continua até hoje, mantendo a postura do americano que se sentiu ferido na própria carne. Mas quem morreu não foi seu presidente Bush nem seus “estrategistas”. Foram pessoas. Não só as que estavam nas torres, mas as do front de batalha e os vivos que perderam seus filhos, irmãos, pais, mães, amigos...
E continuam perdendo até hoje, dez anos passados. Então nós fomos para a guerra contra o Taliban no Afeganistão. Nove anos e meio depois, matou o homem responsável pelos ataques, Osama bin Laden, e não no Afeganistão, mas no vizinho Paquistão.
Enquanto isso, os EUA e nossos aliados perderam vidas adicionais. As forças americanas e da coalizão perderam outras 5.029 vidas lutando contra a guerra do Iraque. Será que ainda temos o que comemorar ? ? ?
11/09 também trouxe consigo não só o medo e a raiva de ter atacado pessoas inocentes, mas o stress contínuo que tem impactado a vida das pessoas. Enquanto nós não vivemos no medo constante de ataques terroristas como as pessoas em alguns países fazem, o nosso nível de estresse coletivo subiram após os ataques.
Dez anos depois daquele dia que mudou o mundo. Daquele dia que nos deu tantas e tantas incertezas. Hoje é um dia que a gente precisa pensar no fiapo que a vida é. Muita briga por nada. Muita chateação por nada.
Então, hoje, fazemos uma pausa para lembrar as vítimas e honrar os heróis de duas guerras. Para afirmar a nossa humanidade em face da desumanidade. E para fazer esta pergunta: Para onde vamos daqui?
Um dia que jamais sairá da minha memória. Eu tinha a sensação em 2001 que estava vendo o mundo acabar. 10 anos depois eu ainda não tenho certeza de que o mundo tem força para viver. Ninguém abre mão de nada. Mas hoje eu quero pensar em PAZ. Pensar em música. Pensar em beijo. Pensar em sexo. Pensar em gozo. Pensar em Encontros. Pensar em olhares. Pensar no que de fato dá sentindo a VIDA. Não quero e não vou pensar na MORTE. Não quero e não vou ficar TRISTE.
Quero encontrar alegria em um "certo alguém". Quero ter a certeza de que o mundo pode melhorar. Quero pensar em gente bamba. Quero MAIS da vida e quero dar MAIS para a VIDA.
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