De fato, o país é muito rico em ritmos musicais, que
aqui se originaram e se tornaram conhecidos internacionalmente. Um grande
mercado que dinamiza a ritmicidade surge na Bahia. Além de atrair multidões, é
o termômetro dos negócios no setor de entretenimento em todas as instâncias.
Invadiu outras áreas e ganhou adeptos dos mais
diversificados. A partir do final do século XX e início do século atual,
Salvador e Recife vêm substituindo o Rio de Janeiro no lançamento das
principais canções carnavalescas do país. Recife permanece fiel ao frevo.
Salvador inventou o trio elétrico e seus artistas se preparam todos os anos não
só para lançar novas músicas, como também novos ritmos e danças. As duas
cidades do Nordeste mobilizam multidões não só de baianos e pernambucanos, mas
de pessoas de todo o país e do mundo. O Rio de Janeiro também continua atraindo
turistas, mas sua grande atração é o pomposo espetáculo proporcionado pelas
escolas de samba.
Dos morros e dos cortiços do Rio de Janeiro, começam
a se misturar os batuques e rodas de capoeira com os pagodes e as batidas em
homenagem aos orixás. O carnaval começa a tomar forma com a participação,
principalmente de mulatos e negros ex-escravos.
Esta modalidade de produção musical envolve muitos
fatores determinantes. Contam-se entre estes fatores, como os mais importantes,
os contextos étnicos, históricos e socioculturais dos quais se originam tal
modalidade, contando ainda o ponto de vista da nacionalidade de determinada
produção musical.
Os ritmos que vem da Bahia faz a alegria de milhares
de foliões, que durante os sete dias conferem várias atrações, em todos os
circuitos da festa. A cidade se transforma num grande espetáculo de cor e
alegria, para receber pessoas de várias partes de Brasil e do mundo, numa
mistura de ritmos para todos os gostos, que vão do axé, ao samba, passando pelo
pagode, música afro, reggae, frevo, entre outros.
Tudo começou a consagração de um cantor, compositor
e multi-instrumentista de talento precoce: Luiz Caldas, com a “nega do cabelo
duro” e “Fricote”. E depois compositores e instrumentistas, como Dorival
Caymmi, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Banda Reflexu’s, Sarajane, Gerônimo, Cid
Guerreiro, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Camisa de Vênus, Carlinhos Brown,
Chiclete com Banana, Asa de Águia, Banda Eva, Cheiro de Amor, Ricardo Chaves,
Margareth Menezes, Banda Mel, Banda Beijo, Timbalada, Jammil, Alexandre Peixe,
Babado Novo, Cláudia Leitte, A Zorra, Negra Cor, Tomate, dentre outros. A Bahia exporta sua ginga.
A Bahia é a terra da música, dos ritmos e da
alegria. È um dos maiores celeiros musicais do mundo. Os artistas da Bahia
trazem seus convidados especiais e juntos formam encontros inesquecíveis que
ficam marcados na memória de baianos e turistas.
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