Milhares de pessoas foram as ruas de Salvador, neste 02 de julho, para participar da festa da Independência da Bahia. Homenagear os nossos antepassados, que fizeram tudo isso acontecer é a cara de identificação do povo baiano com o Dois de Julho, que é muito mais fiel que com o Sete de Setembro, data oficial da Independência do país. “O povo foi para a rua e fez sua própria revolução. Através do caboclo e da cabocla homens e mulheres deram as mãos e juntos fizeram a mesma revolução.
A data, que é comemorada todos os anos celebra a vitória das tropas brasileiras sobre os portugueses que resistiam em aceitar a Independência do Brasil. O desfile reproduz a entrada triunfal em Salvador dos homens e mulheres que participaram da luta em diversas regiões do estado.
A declaração de independência feita por Dom Pedro I, em sete de setembro de 1822, deu início a uma série de conflitos entre governos e tropas locais ainda fiéis ao governo português e as forças que apoiavam nosso novo imperador. Na Bahia, o fim do domínio lusitano já se fez presente no ano de 1798, ano em que aconteceram as lutas da Conjuração Baiana.
A Bahia foi o último foco da Independência. O significado da data 7 de Setembro que aconteceu em 1822, só foi realmente concretizado no 2 de Julho de 1823 na Bahia, quando da indignação dos brasileiros em continuar sob o domínio de Portugal. A insatisfação contra a Junta Provisória do Governo da Bahia era geral. No Recôncavo, principalmente as cidades de Cachoeira, São Felix entre outras, por meio do Coronel Joaquim Pires de Carvalho reuniu todo seu armamento e tropas e entregou o comando ao General Pedro Labatut, que organizou todo seu exército em duas brigadas, iniciando os combates.
O desfile do 2 de Julho é uma festa para os olhos turistas e do povo baiano. Durante as festividades ocorridas no percurso é possível admirar as fachadas das casas enfeitadas e pessoas fantasiadas como um dos heróis e heorinas da luta pela Independência da Bahia.
O cortejo foi aberto pelos Encourados de Pedrão - grupo que representa a participação dos vaqueiros na Independência. Logo em seguida vieram os carros do Caboclo e da Cabocla, símbolo da participação dos homens e mulheres do povo nas batalhas e de sua relevância para a vitória do Exército Brasileiro sobre as tropas portuguesas.
Como acontece todos os anos, os partidos políticos participaram com suas alas do desfile. Lideranças políticas de diversos partidos, tradicionalmente, estiveram presentes no desfile. O espaço serve também para ecoar protestos e manifestações de vários segmentos da sociedade. Trabalhadores reivindicam direitos, grupos exigem fim do racismo e de preconceitos e muitas outras demandas e acabam atraindo o olhar dos governantes e da mídia.
O Dois de Julho deve ser entendido como a verdadeira Independência do Brasil e deve ser resgatado e valorizado como um importante marco na história, não só da Bahia, mas do Brasil.
Emocionando turistas e afins que acompanharam os 188 anos da luta pela independência do domínio português na tarde deste sábado (2). Coroas de flores foram depositadas por autoridades políticas e militares ao pé do caboclo, no Monumento ao 2 de Julho.
Fotos: Geraldo Félix
https://picasaweb.google.com/108724866525350505481/IndependenciaDaBahia
Fotos: Geraldo Félix
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