Em março de 2013 recebi um convite de uma empresa de São Paulo, a MSE Consulting, de fazer um trabalho de Consultoria pelo Brasil. Realizei serviços de Consultoria em Marketing, Gestão de Pessoas, Finanças, Qualidade e Redes Sociais, nas revendas de Gás da Liquigás, em quase todo o Brasil. Meu ponto inicial era São Paulo e de lá seguiria ao Centro Oeste, interior de Minas Gerais, Sul do Brasil e encerraria no Norte do Brasil.
Em primeiro lugar gostaria de salientar que é para mim muito gratificante poder contar com todos vocês, e saber que existe pessoas compartilhando através da leitura deste blog, que tem um significado e uma imensa representatividade dentro daquilo no qual descreverei ao longo do mesmo. Neste texto falarei de experiências fantásticas e momentos únicos que vivi e presenciei no estado mais ao sul do nosso imenso Brasil.
Foram 8 meses de trabalho. mais de 100 cidades visitadas. Seja de moto, carro, de avião e de ônibus, foram mais de 7.500km andados. Lá vou ver amanhecer em um aeroporto, correr para lá e para cá. Mais estradas a rodar, dessa vez Sul do Brasil. Novas paisagens, novos amigos, novas aventuras.
Conhecer lugares diferentes, acrescentar mais algumas referências ao meu acervo e ainda dar uma relaxada. É possível? Claro. Cheguei na Capital Porto Alegre em Setembro de 2013. Era primavera, mas parecia inverno, começava ali a viagem por 25 cidades do estado do Rio Grande do Sul.
Uma região com invernos muito rigorosos e frios (podendo até nevar) e de Primavera também rigorosos e quentes. No verão, os dias são mais longos e as noites mais curtas, podendo o dia ainda claro e as vezes com sol se estender até as 20h da noite. (isso eu via a olho nu).
O Rio Grande do Sul como alguns já sabem, trata-se de um estado da região sul brasileira. Um lugar que teve sua origem com a chegada do homem a região, a cerca de 12 mil anos atrás, porém suas mudanças mais dramáticas só vieram a ocorrer a pouco mais de cinco séculos atrás, com o descobrimento do Brasil.
Na primeira metade do século XIX, começaram a chegada de imigrantes europeus (Alemães e Italianos), grupos que marcaram definitivamente o Rio Grande do Sul dotando de estilo próprio e europeu essa região, percebendo-se nitidamente esses traços até os dias de hoje.
Estar por quase dois meses em um lugar desse foi pra mim a oportunidade de aprender e crescer culturalmente e intelectualmente falando, digo isso porquê tudo o que vi, ouvi e observei foram coisas e detalhes que de fato não existem com muita frequência em nosso cotidiano enquanto pessoas do nordeste, a região com maior número de afro-descendentes no Brasil.
As cidades que conheci no estado do RS, foi Porto Alegre (sua capital), Gramado e Canela (cidades da serra gaúcha); Estrela, Vera Cruz, Santa Maria, Tupanciretã, Jaguari, Não Me Toque, Tapejara, (essas mais ao Centro); Passo Fundo, São Leopoldo e as que fazem parte do litoral do RS: Osório, Imbé, Nova Tramandaí, Cidreira e Torres. Atravessei o estado para Santa Catarina e me deparei com: Passo de Torres, Araranguá, Tubarão, Florianópolis, Balneário Camboriu, Gaspar, Blumenau, Brusque, Indaial, Agrolândia e Rio do Sul.
Porto Alegre é uma cidade com quase 1,5 milhões de habitantes e fundada em 26 de março de 1772. Uma cidade muito boa para se viver, totalmente urbanizada e muito arborizada ( 1 árvore para cada 10 habitantes), município com altos níveis de IDH entre as metrópoles nacionais e que já conquistou mais de 80 prêmios inclusive da ONU, dando a ela o privilégio de ser uma das melhores capitais para se viver, trabalhar, estudar e fazer negócios.
Confesso que a receptividade do povo porto-alegrense ou melhor dos gaúchos no geral foi ótima, pude sentir isso já mesmo no aeroporto, momento de minha chegada a cidade. É claro que também observei pessoas me olharem com um pouco de estranhesa, talvez por meu sotaque mineiro, enfim...Mas não considerei isso como “preconceito” contra nós e sim, por notarem que sou de fora. Da mesma forma que notamos aqui quando recebemos nossos turistas.
Os passeios turísticos realizados por lá (e que foram vários passeios) foram tão bacanas que suportei a ideia de estar longe de casa e com muito frio. Meus passeios turísticos lá eram sempre em grupos, pois haviam pessoas de vários lugares do país e do mundo visitando também, ou as vezes sozinho a pé em minhas andanças, observando e fotografando tudo o que via pela frente. De manhã visitando o cliente e após a visita indo conhecer cada pedacinho do Sul.
Graças a Deus não tive dificuldades de comunicação (diálogo) com nenhum gaúcho (apesar de falarem um sotaque bem suave e diferente), a não ser quando no hotel eu me deparava com algum estrangeiro. Nossa! Era muito ruim, porquê como não domino outra lingua, fiquei sem muito diálogo com eles.
Mas isso jamais tirava de dentro de mim o desejo ardente de continuar a descobrir e conhecer mais sobre o lugar onde estava eu ali. No outro dia, eu caia em campo para desbravar terras no Rio Grande do Sul.
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