sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Belém é uma cidade de cores, sabores e calor!


Última Capital a desenvolver o trabalho da MSE. Na verdade, como estava no Norte do Brasil, não tinha como não visitar Belém. Sonho e desejo antigo de conhecer essa Capital que todos falam das cores e dos sabores. O primeiro desafio foi criar uma programação que coubesse num fim de semana. 

Belém é quente, muito quente. Não dá para negar. Mas é uma cidade linda, cuidada, preocupada com o turismo e preparada para ser curtida por moradores e visitantes. Claro que a comida é simplesmente maravilhosa. Tem um tal de filhote, um peixe tão escandalosamente delicioso,que quase me vi trazendo um isopor cheio dele pra Minas. Mas há muito mais que comida em Belém.

Belém não dispõe de um sistema de ônibus turístico e o trânsito e transporte público são um pouco confusos. Optei, então, por fazer a maior parte dos passeios a pé e alguns trechos de táxi. Foi o melhor custo/benefício! Para se deslocar entre o centro e o aeroporto, paguei o preço fechado de R$ 25 na tarde de domingo. Com o taxímetro ligado este valor pode ficar mais caro, portanto, vale a pena negociar.

Com cerca de 1,5 milhões de habitantes, Belém, a capital do Pará, fica apenas atrás de Manaus na região norte. E não é apenas o mar, o céu azul, o sol e todas as cores da cultura regional que transformam essa linda cidade brasileira em um destino obrigatório para os viajantes de plantão. Belém é também a terra das mangas, do Círio de Nazaré, da cultura indígena, da deliciosa culinária local e de muita, muita história.

Fundada em janeiro de 1616, Belém preserva até hoje tesouros da arquitetura portuguesa. Suas construções e casas históricas são atrações imperdíveis, parte ainda viva da história do Brasil. E não são apenas os feitos do homem que atraem milhares de turistas todos os anos para essas terras. Belém é também uma das principais entradas para a nossa Floresta Amazônica. Para mim: a saída (risos). A alma desse importante bem brasileiro está no seu povo, uma mistura dos indígenas originais da região, e na rica cultura local. Se você está de passagem, não deixe de conhecer o Carimbó, dança típica herdada dos povos indígenas, que é marcada por um pau oco que serve como tambor. A dança incorporou ritmos africanos e gestos portugueses ao longo da história, sendo hoje um retrato bonito do povo brasileiro. Não volte para casa sem levar também uma das cerâmicas produzidas em Belém, as marajoara e tapajônica.

As atrações naturais são inúmeras. De passeios no meio da mata a praias inexploradas, os visitantes podem escolher seu roteiro de acordo com suas preferências. A estrutura de turismo da cidade atende todos os gostos, dos mais econômicos aos mais exigentes.

Se você vai a Belém, não deixe de explorar cada cantinho dessa surpreendente cidade. Reserve um pouco do seu tempo para conhecer os pontos turísticos históricos, as lindas praias, a riqueza da Amazônia e o respeito do povo local pela floresta. De bens medicinais vindos da mata a importantes lições de preservação e amor à natureza, Belém tem muito a ensinar – e é impossível não se deixar contagiar.

Atrações em Belém

O Forte do Presépio não pode ficar de fora dos roteiros pela cidade de Belém. A construção é o marco da fundação da cidade, datada de 1616. À beira da Baía do Guajará, hoje ele abriga um museu com peças de cerâmica típica e os canhões originais do forte. O Forte do Presépio fica dentro do complexo Feliz Lusitânia, que também compreende a Igreja de São João, complexo Santo Alexandre, Catedral da Sé e o Palácio Episcopal, onde está o Museu de Arte Sacra do Pará. No local está também a Casa das Onze Janelas. Construída no século XVIII para abrigar um hospital militar, hoje é sede de um museu de arte contemporânea.

É na Basílica de Nazaré que termina uma das maiores procissões católicas do mundo, o Círio de Nazaré. A basílica foi inaugurada em 1909 e abriga a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, a padroeira do Pará. Nela está também o Museu do Círio, instalado na cripta.

No Parque da Residência ficavam as moradias dos governadores do Pará no começo do século XX. Hoje, uma área de lazer completa aguarda os turistas, que podem visitar o orquidário, um teatro para 400 pessoas construído na antiga Companhia de Gás do Pará, além de uma sorveteria em um vagão de trem da estrada de ferro de Bragança.

O Theatro da Paz foi construído no século XIX e tem capacidade para 1100 pessoas, sendo hoje o mais importante do estado. A construção está localizada na Praça da República, uma das mais bonitas da cidade.

Uma atração natural interessante está à beira do Rio Guamá. O Mangal das Garças possui um restaurante, um viveiro e um borboletário. Sem dúvida uma paisagem que rende lindas fotos. O parque ainda conta com museu e várias atividades, sendo um bom destino para quem viaja em família. Outro local que vale a visita é o Bioparque Amazônia Crocodilo Safári Zoo. Como pode-se imaginar, a principal estrela do parque é o Jacaré Açu, que pode chegar a seis metros de comprimento. O Bioparque reúne parte importante da fauna e flora da região e está repleto de trilhas.

Círio de Nazaré



Uma das procissões religiosas mais importantes do mundo acontece em outubro na capital paraense, mais especificamente no segundo domingo. A festa homenageia Nossa Senhora de Nazaré. Cerca de dois milhões de fiéis acompanham a procissão que vai da Catedral de Belém até a Basílica de Nazaré, muitos agarrados à corda que guia a multidão, uma atração impressionante. O evento acontece há mais de dois séculos e tem 3,6 km de percurso. São quase dez horas de caminhada.

O Círio comove toda a população e é acompanhado de várias outras demonstrações de fé, como a romaria fluvial e as casas enfeitadas pela cidade. Depois de levada ao seu destino final, a imagem de Nossa Senhora permanece por 15 dias em exposição. O Círio – palavra que significa “grande vela de cera” – recebe fiéis brasileiros e estrangeiros todos os anos.

Gastronomia e Compras em Belém



Para a sorte dos turistas, grande parte dos pratos locais é baseada nas deliciosas frutas da região, como o Açaí, Cupuaçu e a Manga. Não deixe de provar também o Pato no Tucupi e o Tacará, caldo também feito à base do Tucupi, um tempero que vem da raiz da Mandioca Brava.

Bons locais para se encontrar pratos típicos são os bairros de Nazaré e Cidade Velha, ou no centro da cidade.

Outra ótima opção de passeio, que pode se tornar uma experiência gastronômica bem agradável é a Estação das Docas. Em uma área de 32 mil metros quadrados estão várias opções de bares e restaurantes, além de lojas, espaços de eventos, entre outras atrações. Localizado na baía do Rio Guajará, o local ainda conta com um calçadão de 500 metros, geralmente bem movimentado.



Se você está atrás de bons produtos, você tem endereço certo: a Feira do Ver-o-Peso. Com mais de 380 anos de história, hoje ela é a maior feira livre da América Latina. Dá para imaginar o que se pode encontrar lá.



No Ver-o-Peso, os turistas podem comprar de itens de artesanato à comida típica – o local é, inclusive, um dos melhores para se experimentar o melhor da culinária paraense. E, de quebra, ainda é possível visitar pontos turísticos como a Praça do Pescador, o Solar da Beira e o cais. A feira tem suas origens na Casa do Haver-o-Peso, um antigo posto de fiscalização.

Por fim, a minha confirmação a nossa suspeita: a culinária paraense figura no ranking das melhores do país. Vale a pena conferir. E encerrando o ciclo de viagens de 2013, Belém a Capital das cores e sabores encantou-me pelo povo, pela cultura, pelo jeito de ser de cada um que por aqui conheci. Das matas, dos rios, dos índios, história que fica no coração de um brasileiro. Com certeza da próxima vez que for à Belém, quero conhecer muito mais. E viva a Amazônia !!!



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