(Nov/2013) - São Félix do Xingu
A viagem continua e cheguei em São Félix do Xingu. Localiza-se a 1050km da Capital. O destino é ainda mais longe: Vila-taboca um lugar maravilhoso cheio de encanto fica a 100 Km de São Feliz do Xingu por estrada totalmente esburacada (dentro da floresta). O foco principal dessa região está as discussões nacionais e internacionais relacionadas, entre outros, ao constante avanço sobre seus recursos naturais e aos violentos conflitos gerados pela disputa de espaço e de recursos entre os diferentes atores presentes na região.
São Félix do Xingu estão intimamente ligadas ao município de Altamira. A área urbana de São Félix do Xingu é tranquila e pitoresca, encravada nas margens dos rios Fresco e Xingu. As pessoas alternam suas horas livres entre o futebol, a pesca, a igreja e as cervejas geladas nas noites quentes. Essa tranquilidade, porém, engana o olhar. São Félix é uma fronteira agrícola ativa, com uma história tão dinâmica e inconstante quanto a de qualquer cidade da Amazônia.
A viagem continua e cheguei em São Félix do Xingu. Localiza-se a 1050km da Capital. O destino é ainda mais longe: Vila-taboca um lugar maravilhoso cheio de encanto fica a 100 Km de São Feliz do Xingu por estrada totalmente esburacada (dentro da floresta). O foco principal dessa região está as discussões nacionais e internacionais relacionadas, entre outros, ao constante avanço sobre seus recursos naturais e aos violentos conflitos gerados pela disputa de espaço e de recursos entre os diferentes atores presentes na região.
São Félix do Xingu estão intimamente ligadas ao município de Altamira. A área urbana de São Félix do Xingu é tranquila e pitoresca, encravada nas margens dos rios Fresco e Xingu. As pessoas alternam suas horas livres entre o futebol, a pesca, a igreja e as cervejas geladas nas noites quentes. Essa tranquilidade, porém, engana o olhar. São Félix é uma fronteira agrícola ativa, com uma história tão dinâmica e inconstante quanto a de qualquer cidade da Amazônia.
São Félix do Xingu: um município quase do tamanho de Portugal com 90.000 habitantes, do sudeste do estado do Pará (norte), onde territórios indígenas e parques ocupam a metade do espaço. Mas também é um polo minerador e pecuarista - há mais de dois bilhões de cabeça de gado -, que atrai multinacionais para o Brasil, recordista em exportação de matérias-primas.
Chegar em São Félix foi uma aventura. Tão logo eu entrava nos pequenos aviões, subia nas moto-táxis e esperava pelos ônibus em estradas cheias de poeira, as pessoas olhavam para mim como se eu fosse de outro planeta, pois estava vestido, como um executivo que anda pela cidade em São Paulo.
Chegar em São Félix foi uma aventura. Tão logo eu entrava nos pequenos aviões, subia nas moto-táxis e esperava pelos ônibus em estradas cheias de poeira, as pessoas olhavam para mim como se eu fosse de outro planeta, pois estava vestido, como um executivo que anda pela cidade em São Paulo.
No último trecho da viagem, fiquei duas horas
e meia de pé no ônibus que percorre a esburacada estrada que leva a São Félix
do Xingu à Vila Taboca. Eu esperava ver pelo menos um pedaço de mata exuberante
como a que admirei alto, no avião, mas só vi pasto. Eu já sabia que a maior
parte das florestas ao longo de estradas na Amazônia converte-se em áreas para
a agropecuária, mas é sempre um choque ver essa realidade tão de perto. Pasto e
áreas degradas por garimpos ilegais. Muitas áreas fortemente degradadas.
Algumas regiões que misturam cacau e açaí com
lindos exemplares de castanheiras. Esses lugares mostraram que a floresta pode
oferecer produtos valiosos, ao mesmo tempo em que absorvem carbono da atmosfera
e contribuem com outros benefícios para as pessoas.
Pelo que soube os moradores começaram a se
mudar há 30 ou 40 anos, quando o governo brasileiro adotou a estratégia do
“integrar para não entregar”, uma expressão que me lembra um pouco do velho
mantra americano “Go west, young man” (Vá para o oeste, jovem). Essa política
do governo brasileiro baseava-se no temor de que, se o Brasil não desenvolvesse
a Amazônia, algum outro país invadiria a área e faria isso.
O resultado foi uma correria descontrolada em
busca de terra, conforme as famílias se mudavam para o Norte do país em busca
de um futuro melhor. Nessa atmosfera de “velho oeste”, os recém-chegados começavam
a derrubar a floresta o mais rápido que podiam, para marcar seu território e
começar as criações extensivas de gado. Pouca coisa ficou de pé no caminho
desses produtores. De lá para cá, São Félix já ocupou o primeiro lugar na lista
dos municípios que mais desmatam no Brasil e concentrou o maior rebanho bovino
da Amazônia.
A produção de seringa, borracha e caucho é a
origem do Município de São Félix do Xingu – PA. Para incentivar a produção, os
donos dos seringais decidiram reunir os seringueiros e caucheiros, junto com
suas famílias, no mesmo local, denominado de “Barracão do Aviador”.
Vila Taboca
Pequeno povoado, com pouco mais de 5 mil
habitantes. A cidade toda é em estrada de terra. Vive do gado e das
agropecuária e da constante garimpagem ilegal.
O que predomina, entre os atores desta fronteira agrária, uma concepção
dicotômica (essencialmente "moderna") da relação sociedade-natureza,
comum às fronteiras agrárias mais antigas da Amazônia. Vizinho a Vila Taboca está a Área Indígena Apyterewa, na Região do Paredão foi demarcada com meio milhão de hectares.
Travessia de São Félix do Xingu para Vila Taboca
A Área Indígena Apyterewa é um exemplo de descaso e mau gestão do INCRA e da FUNAI no que diz respeito a demarcação uma vez que nesta área tem colonos que foram assentados pelo INCRA legalmente e chegarão a receber financiamentos e outros benefícios como moradia, fomento, Pronaf, e outros. E mesmo assim assentados legalmente pelo INCRA agora são obrigados a viverem como se fossem bandidos sem poder entrar com mantimentos, sal para o gado, gasolina ou diesel para os motores, grupo gerador, etc. E em relação a mineradora que nos deixou como herança o nome de Taboca; a mesma veio parar aqui através do Rio Xingú e explorou de forma irregular o minério da região quando foi denunciada e executada pelos órgãos ambientais deixaram suas operações deixando para trás casas, objetos pesados da estrutura de extração de minério, muito danos ao meio ambiente e alguns funcionários de baixo escalão desempregado e sem receber rescisão. Ou seja a miséria impera em Taboca.
Casas em Vila Taboca
Xinguara
Xinguara a Capital do Boi Gordo
Xinguara é um município brasileiro do estado do Pará. Sua população estimada pelo IBGE em 2012 é de 41.382 habitantes. Possui uma área de 5779,412 km². Com um rebanho estimado em mais de 500 mil cabeças de gado, Xinguara tem se destacado no mundo do agronegócio, a cidade ganhou o título de Capital do Boi Gordo por causa da sua intensa atividade pecuária.
Em Xinguara, encontra-se um rebanho com alto potencial genético, outro fator que favorece a qualidade do gado da região são as condições climáticas, as chuvas abundantes e as altas temperaturas equatoriais formam um ambiente privilegiado para o gado.
Diante desses fatores a produção vem crescendo, a qualidade do rebanho pode ser avaliada a partir das empresas exportadoras, que realizam exigências sanitárias e de qualidade para levar o produto para seus países. Hoje o município exporta para mais de 20 países entre eles os mercados mais exigentes como Turquia, Ucrânia, Venezuela e Egito.
Fiquei bravo quando cheguei à Xinguara pela primeira vez, a Revenda, onde teria que ir, ficava em um bairro, que era 100km de distância antes de chegar na cidade, ou seja, havia passado por ele e não dado conta, quer era lá. Tive que voltar para fazer, montado em uma motocicleta, um perigo que achei que ia até morrer.
Xinguara é um município brasileiro do estado do Pará. Sua população estimada pelo IBGE em 2012 é de 41.382 habitantes. Possui uma área de 5779,412 km². Com um rebanho estimado em mais de 500 mil cabeças de gado, Xinguara tem se destacado no mundo do agronegócio, a cidade ganhou o título de Capital do Boi Gordo por causa da sua intensa atividade pecuária.
Em Xinguara, encontra-se um rebanho com alto potencial genético, outro fator que favorece a qualidade do gado da região são as condições climáticas, as chuvas abundantes e as altas temperaturas equatoriais formam um ambiente privilegiado para o gado.
Diante desses fatores a produção vem crescendo, a qualidade do rebanho pode ser avaliada a partir das empresas exportadoras, que realizam exigências sanitárias e de qualidade para levar o produto para seus países. Hoje o município exporta para mais de 20 países entre eles os mercados mais exigentes como Turquia, Ucrânia, Venezuela e Egito.
Fiquei bravo quando cheguei à Xinguara pela primeira vez, a Revenda, onde teria que ir, ficava em um bairro, que era 100km de distância antes de chegar na cidade, ou seja, havia passado por ele e não dado conta, quer era lá. Tive que voltar para fazer, montado em uma motocicleta, um perigo que achei que ia até morrer.
Jacundá
Jacundá é um município brasileiro do estado do Pará. Sua população estimada em 2012 era de 52.993 habitantes. Tem como principais fontes de renda a extração madeireira, a pecuária e a agricultura. "Arraia" era o nome do local onde hoje encontra-se o município, e devido a construção da hidrelétrica de Tucuruí o município, que se localizava onde hoje estão as águas represadas do rio Tocantins, mudou-se para tal localidade às margens da Rodovia Paulo Fontelles. Moradores da antiga Jacundá, então localizada às margens do Rio Tocantins, tinham seus projetos individuais de vida baseados, principalmente na pesca, criação de gado e agricultura de subsistência, predominando as culturas de arroz, feijão e mandioca. Também é realizado no município de Jacundá uma das maiores trilhas motorizadas da Região Norte do Brasil, a "Trilha TÔ NA PEGA", evento em que centenas de motocicletas, jipes e quadriciclos percorrem as estradas da zona rural, entre trechos de mata e de lamaçais, revelando o espírito de aventura que motiva os participantes.
Jacundá é um município brasileiro do estado do Pará. Sua população estimada em 2012 era de 52.993 habitantes. Tem como principais fontes de renda a extração madeireira, a pecuária e a agricultura. "Arraia" era o nome do local onde hoje encontra-se o município, e devido a construção da hidrelétrica de Tucuruí o município, que se localizava onde hoje estão as águas represadas do rio Tocantins, mudou-se para tal localidade às margens da Rodovia Paulo Fontelles. Moradores da antiga Jacundá, então localizada às margens do Rio Tocantins, tinham seus projetos individuais de vida baseados, principalmente na pesca, criação de gado e agricultura de subsistência, predominando as culturas de arroz, feijão e mandioca. Também é realizado no município de Jacundá uma das maiores trilhas motorizadas da Região Norte do Brasil, a "Trilha TÔ NA PEGA", evento em que centenas de motocicletas, jipes e quadriciclos percorrem as estradas da zona rural, entre trechos de mata e de lamaçais, revelando o espírito de aventura que motiva os participantes.
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