segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Ilha de Marajó / Tucuruí / Santarém / Marabá

É muito engraçado pensar que quando estudamos a Amazônia na escola, nunca imaginamos que um dia iremos lá. Mas como a vida é mesmo uma caixinha de surpresas... Aqui estou eu!... Em meio da Floresta Amazônica, literalmente.




A Ilha de Marajó é considerada a maior ilha fluviomarítima do mundo, com seus 50.000 km2 de área, faz parte de um grande conjunto de ilhas situadas numa reentrância da costa brasileira denominada Golfão do Amazonas, a maioria delas formadas por sedimentos oriundos do rio Amazonas. Algumas são de grande extensão como Grande Gurupá, com 4.864 km2, Mexiana, com 1.534 km2 e Caviana com 4.968 km2. Situada na foz do complexo hidrográfico Amazonas/Pará, Marajó tem uma origem mista pois foi formada em parte por sedimentos fluviais recentes, em sua porção ocidental, na qual predominam as matas de várzea, enquanto a parte oriental é formada por terrenos consolidados datados do pleistoceno (quaternário antigo), separados tectônicamente do continente.

O tamanho e a posição de Marajó no delta-estuário do Amazonas/Pará separa dois grandes ambientes hidrográficos: as formações típicas de delta do Amazonas, que correspondem à porção norte do golfão entre Marajó e o litoral do Estado do Amapá, e a formação estuaria do Rio Pará na porção sul, entre Marajó e o litoral do Estado do Pará. Ligando esses dois ambientes, uma série de canais estreitos chamados localmente de furos, garantem a separação entre a Ilha de Marajó e o continente, num espaço em constante processo de assoreamento. Seu relevo plano e seu litoral baixo e alagado permitiram a introdução da cria de búfalos, animais muito bem adaptados a esse tipo de terreno. Além das fazendas de búfalo, o extrativismo vegetal de palmito é outra atividade econômica importante na ilha. Breves, Soure, Curralinho, Salvaterra e Muaná são as principais cidades da ilha, quase todas localizadas no litoral da baía de Marajó, ligando-se por barco a Belém, capital do Estado do Pará.



Tucuruí, situada a uma altitude de 42 metros, com clima quente super-úmido. Liga-se por rodovia e via fluvial à capital do estado, Belém (a 400 km de distância ou por Marabá 650km) . A povoação foi fundada em 1781 com objetivos militares e fiscais de controle sobre a região do rio Tocantins, por onde trafegava muito ouro retirado das minas de Goiás. Por lei de 1875 a freguesia de São Pedro de Pederneiras foi denominada São Pedro de Alcobaça. A denominação durou até 1943, quando por decreto foi estabelecida a denominação de Tucuruí. A hidrelétrica de Tucuruí, sobre o rio Tocantins, permitiu o processamento industrial do alumínio em Barcarena e da celulose em Jari. A Estrada de Ferro Tocantins, com 179 km, liga Tucuruí e Jatobá. As principais atividades econômicas da região são a extração da castanha-do-pará, madeiras e couros.



Santarém, porto fluvial do estado do Pará, no norte do Brasil. Está situada na margem direita do rio Amazonas, junto à foz do rio Tapajós, a uma altitude de 51 metros. Seu clima é equatorial úmido, e dista 1.369 km por rodovia da capital do estado, Belém. As principais atividades econômicas são a indústria da madeira, transporte, frigoríficos, produção de borracha, extração da castanha-do-Pará e juta, além de constituir um centro comercial regional. Depois da entrada na região, os jesuítas iniciaram um núcleo de catequese na aldeia dos índios tapajós, por volta de 1660. Um forte foi estabelecido no local em 1697. Foi elevada à categoria de vila em 1758 e à de cidade em 1848. Uma das atrações turísticas é o antigo projeto de plantação de borracha da Ford em Belterra, a Fordlândia, hoje viveiro do Ministério da Agricultura.



Marabá, no norte do Brasil, situada na confluência dos rios Tocantins e Araguaia. Está dentro da área de influência da capital, Belém, e por sua vez exerce um papel central em relação as municípios de Brejo Grande do Araguaia, Eldorado dos Carajás, São João do Araguaia, Itupiranga e Bom Jesus do Tocantins. Com altitude de 84 metros, tem clima quente superúmido e está ligada por rodovia à capital do estado (654 km). Situada no entroncamento da estrada Transamazônica, suas principais atividades econômicas são a extração de madeira, castanha-do-pará, babaçu, diamantes, cal e argila. Como é comum nas regiões de exploração de minérios onde há fluxos migratórios intensos, os conflitos pela posse da terra são frequentes e por vezes violentos. O município foi criado em 1913, e em 1995 contava com uma população de 123.668 habitantes. Hoje tem 200mil, é a cidade mais violenta do Estado de do Brasil. 


Particularmente de todas as cidades visitadas foi a que menos gostei. Sua infra estrutura geral parece-me com aquelas pequenas cidades do interior de Minas Gerais, como Teófilo Otoni, que parou no tempo. Terra de sol forte, cultura rica e povo nada amistoso.

Predestinada à mineração e beneficiada pelo dinamismo de seu porto, Marabá se tornou um importantíssimo polo de comércio e serviços da região Norte. Banhada pelos rios Tocantins e Itacaiúnas, entrecortada por acidentes geográficos, divide-se em três núcleos, ligados por pequenas rodovias: Marabá Pioneira, onde nasceu a cidade e hoje se concentra parte do comércio; Cidade Nova, às margens da rodovia, outro foco comercial; e Nova Marabá, a zona residencial e parte mais moderna da cidade. O passado espinhoso de seus vizinhos – Marabá está pertinho de Eldorado dos Carajás e das minas de Serra Pelada – ficou para trás; hoje, é uma das cidades de médio porte que mais crescem no Brasil.





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