sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Comidas típicas do Pará

Entre ingredientes utilizados na cozinha do Pará incluem crustáceos como o camarão, o caranguejo e o marisco. Carnes de aves como o pato também são muito apreciadas. Em todos esses alimentos, utiliza-se temperos como coentro, chicória, maniva, pimentas e ervas. 



Alguns pratos são servidos em cuias, em panelas de barro ou até em casulos de folhas de banana. Os assados são feitos em moquéns molhados no tucupi. A cozinha, baseada na cozinha indígena, possui ingredientes exóticos como ovos de diversas aves e até larvas de inseto.

A floresta amazônica - fonte de inspiração para os índios em diversos setores – também originou uma das mais típicas e surpreendentes cozinhas do Brasil. Da natureza rica em ervas, frutos, sabores e cheiros nasceu a gastronomia paraense. É considerada a mais autêntica e exótica do país e responsável por colocar o Pará em destaque no roteiro turístico gastronômico nacional e internacional.

A festa do Círio de Nazaré, considerada o Natal dos paraenses, tem como um dos grandes momentos o almoço do domingo de Círio. Em todos os lares, o almoço do Círio confraterniza as famílias, hóspedes e amigos. É quando a rica culinária paraense pode ser melhor apreciada. Além dos pratos típicos, como o pato no tucupi e a exótica maniçoba, os frutos do mar, da floresta, dos rios e das imensas fazendas paraenses compõem os cardápios: enormes peixes, como o pirarucu, a pescada amarela, o tambaqui, o tucunaré e o filhote, assados inteiros ou em moquecas.

Tem ainda os filés de búfalo da ilha do Marajó; camarões rosados e cinzentos, patas de caranguejo, ostras e sernambis, oriundos da Amazônia Atlântica; delicados cremes e deliciosos sorvetes de frutas variadas – mangas, abacaxis, açaí e também bacuris, cupuaçus e muricis; queijo fresco; tartarugas oriundas dos criatórios artificiais. O Pará herdou a arte portuguesa dos doces, e aplicou-a sobre as frutas amazônicas: as tortas, docinhos e bombons recheados são únicos e deliciosos.

Mandioca
A mandioca na alimentação do paraense tem um papel expressivo. De seu processamento saem o tucupi, a farinha d´água – que acompanha as principais refeições – e o amido, chamado tapioca, usado em diversos pratos e sorvete.



Frutas
As frutas regionais complementam o cardápio. Uma diversidade que pode ser encontrada na Feira do Ver-o-Peso, em Belém, e, de quebra, consumida em doces e sorvetes, compondo maravilhosas sobremesas - um destaque a mais da culinária paraense. Como exemplos, o cupuaçu, o bacuri, o taperebá e a própria manga e o açai, esta muito encontrada em feiras e nas ruas da capital.



O açaí é um dos frutos mais apreciados pelos paraenses e por quem visita o Pará. Dele é extraída uma espécie de suco grosso, de cor arroxeada, não alcoólico. Os paraenses o consomem misturado com farinha d’água ou de tapioca, e geralmente acompanhado de peixe frito, camarão assado, ou alguma outra carne salgada.



Caruru
Herança dos costumes africanos, você pode achar que o caruru tem a cara da Bahia, mas saiba que também é adorado no Pará. O prato é feito com camarões secos e inteiros, quiabo, tempero verde (chicória e alfavaca), farinha seca bem fina e azeite de dendê. Tem consistência de pirão e sabor marcante. É servido com arroz branco e molho de pimenta.

Maniçoba
Outra herança da terra, desta vez uma combinação entre as culturas indígena e portuguesa, a maniçoba é um cozido à base mandioca e carne de porco. Leva paio, mocotó, pé, orelha, toucinho e costelas salgadas. Todos esses ingredientes são misturados a folhas de mandioca-brava, depois de cozidas durante quatro dias, prazo seguro para garantir que o ácido cianídrico, que é tóxico, tenha sido eliminado das folhas. O visual pode não ser o mais atraente, mas o sabor dá conta do recado.

Pato no tucupi
Prato típico do Pará e presença garantida nas festividades do Círio de Nazaré. A carne do pato é servida com jambu (planta que anestesia levemente a boca e a língua) e com tucupi, caldo amarelo de sabor amargo, extraído a partir da fermentação da raiz da mandioca-brava, e que é tóxico quando está cru, mas inofensivo após ser fervido. Acompanham arroz e farinha de mandioca.



Tacacá com tucupi
Caldo de origem indígena que leva camarão seco, jambu, mandioca cozida, pimenta-de-cheiro e tucupi. Consumido fora das refeições principais, em geral no final da tarde, costuma ser servido bem quente, sempre em cuias. Curiosidades: não se diz comer ou beber tacacá, mas tomar. Sua origem é indígena e, segundo Câmara Cascudo, deriva de um tipo de sopa indígena denominada mani poi. Câmara Cascudo diz que “Esse mani poí fez nascer os atuais tacacá, com caldo de peixe ou carne, alho, pimenta, sal, às vezes camarões secos.”



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